terça-feira, 3 de janeiro de 2012

[BANCO DE IMAGEM: MACEIÓ ANTIGA: BICO DE PENA] Urbanismo: a cidade de Maceió e imagens antigas



[BANCO DE IMAGEM: MACEIÓ ANTIGA: BICO DE PENA]



Faz pouco, outubro do ano passado, foi lançado um volume por mim organizado com estudos em homenagem a Pedro Nolasco Maciel, um escritor que morreu nos começos do século XX,  em Maceió. Seu livro Traços e Troças nao teve repercussão à época, mas o considero como inaugurando  um novo paradigma, uma nova forma de entender Alagoas. O livro foi ilustrado com algumas fotos antigas de Maceió, pertencentes ao acervo do Arquivo Público de Alagoas. Decidimos tratá-las por computação e transformá-las em bico de pena. O resultado está aqui, devidamente democratizado. 


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ALMEIDA, Luiz Sávio de (Organizado). Traços e Troças:  literatura e mudança social em Alagoas: estudos em homenagem a Pedro Nolasco Maciel. Maceió: EDUFAL, 2011.
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O livro pode ser adquirido na  EDUFAL


1 -  Praça Santo Antônio em Bebedouro





2 - Centro da cidade, Rua 2 de Dezembro, ligando a Rua do Comércio à Praça da Catedral





3 -  Foto da Coleção do Professor Lavenère. É de 1905. Centro


4 - Rua do Sol

5 - Canal de uma das Lagoas

6 -  Jaraguá

7 - Bonde puxado a burro

8 - Esquina da Comércio com os Martírios

9 - Praça Faculdade

10 - Um samba em Bebedouro

[URBANISMO: DESENVOLVIMENTO: PERIFERIA: MACEIÓ: FERNÃO VELH0] Jordânnya Dannyelly do Nascimento Silva. Estratégias de desenvolvimento: Fernão Velho









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SILVA, Jordânnya Dannyelly do Nascimento. Estratégias de desenvolvimento: Fernão Velho. O Jornal, Maceió, Espaço,  26  Jul. 2009 
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O que Jordânnya faz






Jordânnya Dannyelly do Nascimento Silva (23 anos), Arquiteta e Urbanista pela Universidade Federal de Alagoas, mestranda do Programa de Pós-Graduação Dinâmicas do Espaço Habitado – DEHA /UFAL. Foi integrante do Grupo de Estudos de Problemas Urbanos (GEPUR) da FAU / UFAL, que estimula discussões a respeito de problemas urbanos identificados nas cidades alagoanas, com o intuito de apontar diretrizes para definições de políticas públicas, principalmente referentes à questão da pobreza, e políticas de inclusão social, coordenado pelo prof. Dr. Flávio Antônio Miranda de Souza. Este artigo – apresentado na disciplina Formação do Espaço Alagoano – é resultado de seu Trabalho Final de Graduação intitulado Estratégias de desenvolvimento para o bairro de Fernão Velho: uma mudança de paradigma, orientado pela profa. Dra. Ana Cláudia Rocha Cavalcanti.

Umas poucas palavras
Luiz Sávio de Almeida 







Jordânnya Dannyelly do Nascimento Silva (23 anos) é uma jovem pesquisadora em formação, matriculada na disciplina Formação do Espaço Alagoano do Mestrado em Dinâmicas do Espaço Habitado. Ela aborda neste texto o desafio que é o desenvolvimento da área de Fernão Velho, enfatizando a formação de uma mentalidade cooperativista e a necessidade de investimento na educação local, trabalhando com as teses do capital humano e do capital social. Basicamente entende que o processo de desenvolvimento deve vir acompanhado da consciência local, aliada a investimentos e políticas públicas consequentes. Os dados por ela trabalhados foram obtidos, principalmente, no projeto de extensão universitária Propostas de desenvolvimento para as comunidades de Fernão Velho, Matadouro e Goiabeira, desenvolvido na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), disciplina de Sociedade, Meio Ambiente e Desenvolvimento, ministrada pela professora Dra. Ana Cláudia Rocha Cavalcanti. É preciso deixar claro que sua pesquisa foi desenvolvida no período de 2006 a 2007, com as entrevistas sendo realizadas de novembro de 2006 a janeiro de 2007. O que mudou? Boa pergunta! Deve ficar claro que ela se louva em dados da disciplina mencionada.


Estratégias de desenvolvimento: Fernão Velho
Jordânnya Dannyelly do Nascimento Silva

Introdução
            O ambiente urbano é heterogêneo e de contradições, o que é possível perceber ao se lidar com áreas desenvolvidas e estagnadas. Em meio a esse universo, tem-se que pensar em maneiras de intervir no urbano. Levando em conta tais questões, estudamos o bairro de Fernão Velho, Maceió, que é parte da Área de Preservação Ambiental (APA) do Catolé e Fernão Velho, sendo Unidade de Conservação Estadual. É também de interesse da Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento de Alagoas (CASAL), devido a sua importância no abastecimento de Maceió.




            A história do bairro é marcada pelo desenvolvimento de indústria têxtil (foto 1), que durante décadas proporcionou serviços e equipamentos urbanos à população. A fábrica passou por período de auge, chegando à grande empregadora, com a maioria dos trabalhadores morando em suas vilas operárias. Com o decorrer de crise econômica de âmbito nacional, o quadro mudou, provocando alterações na vida da população, que sofreu ruptura na cultura operária. Sem a atuação da fábrica, a população precisou, e ainda precisa, de mecanismos alternativos que proporcionem geração de emprego, renda e precisa, também, de intervenções para melhoria na qualidade de vida e no desenvolvimento local.

Um informe sócio-econômico

            O bairro parece isolado da cidade (foto 2), devido às condições de relevo, sendo cercado por resquícios de mata (foto 3), Lagoa Mundaú e área ocupada do tabuleiro. A indústria não mais atende à demanda por emprego e existem raras opções para a geração de renda; o desemprego é um dos principais problemas do local. Existe um pequeno comércio voltado às necessidades mais imediatas da população, como padarias, mercadinhos, mas que não têm porte de empregador.

            


            A população apresenta baixa escolaridade (2007). Os homens apresentam maior nível no ensino médio, mas quanto ao superior, as mulheres sobressaem-se. A atividade profissional da maioria dos entrevistados não demanda alta escolaridade. A maior parte da população está desempregada e, no caso das mulheres, o problema se agrava.
            O número de aposentados é elevado, o que representa alta taxa de pessoas idosas. A metade dos profissionais entrevistados é diarista e recebe salário no final do mês. Cerca de 15% trabalham informalmente. A maioria recebe salário mínimo. Renda, educação e trabalho são variáveis-chave para o entendimento de um local.

Um pouco sobre o cotidiano

            Evidentemente, estes dados não detalham a condição de Fernão Velho, mas são suficientes para acentuar um cotidiano fundado na baixa renda, repetindo-se na condição do local, o que seria esperável face à pirâmide de renda e distribuição de benefícios sociais da produção. Sabemos das dificuldades de implementar políticas que visem alterar este quadro, mas é urgente que sejam tomadas providências no sentido de refazer a condição do bairro, sendo responsabilidade do poder público com a pressão democrática da comunidade. Voltamos a dizer que estamos diante de um quadro geral, do qual Fernão Velho é parte, mas nada se explica, com relação à mudança, apenas por este motivo, que pode gerar uma interminável justificava.
            Para que se note a distorção existente no urbano de Fernão Velho, é suficiente saber que parte dos entrevistados não identifica os espaços públicos do bairro, (fotos 5 e 6), haja vista o alto percentual dos que dizem não haver praças no local, possivelmente decorrendo da descaracterização, levando à incapacidade de nominação. No entanto, e possivelmente acentuando o seu caráter ainda rurbano, tem-se uma característica marcante de “cidade do interior”, a praça é efetivamente utilizada. Há um jogo entre reconhecer e utilizar, pelo significado que o cotidiano dá ao espaço, o que não desejamos explorar no momento




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E o trabalho?


            É necessário destacar a falta de detalhamento de opinião da população para os assuntos relacionados ao mercado de trabalho, o que talvez redunde dos trabalhos de campo, sendo um item de difícil elaboração. A maioria dos que responderam disse serem os estudos e a formação profissional a maior dificuldade para o ingresso. Nisto esclarecem que não é suficiente ter acesso à escola, mas ter, também, a devida habilitação para responder ao mercado. Outro problema, está na deficiência do transporte público. Isto é uma indicação de problema a ser visto a curto prazo. É possível que esteja sendo enunciada a condição de bairro-dormitório. Por outro lado, aparece o fato estrutural da falta de ofertas de emprego. Como se nota, há um complexo de situação identificado desde a capacitação até problemas rigorosamente estruturais, mas existem, também, indicações imediatas para intervenção.
            Quando perguntado sobre as áreas de interesse quanto ao tipo de trabalho que desejava, a grande maioria aparentemente não teve resposta (41,4%), mas o silêncio pode ser significativo, indicando para diversas hipóteses, dentre elas o fato de que aceitariam qualquer emprego. O importante não é em que se trabalha, mas ter emprego. Isto fica clara numa pequena porção de respostas que parecem confirmar a regra: 6,9% disseram ser qualquer uma.
Em torno do desenvolvimento
            Diversas são as formas de conceituar e mensurar o desenvolvimento, haja vista a infinidade de tipos e subtipos de definições. O conceito de desenvolvimento envolve vários aspectos, e deve ser aplicado ao conjunto da sociedade. Refere-se, principalmente, a mudanças sociais. Segundo Souza (2003, p. 100), desenvolvimento é “um processo de mudança para melhor, um processo incessante de busca de mais justiça social e melhor qualidade de vida para o maior número possível de pessoas, ou seja, que leve em conta os interesses legítimos da sociedade”.
            Para que o desenvolvimento aconteça de forma continuada, sustentada e includente é necessário que haja investimentos em capital humano e social. Entretanto, para que se torne viável, é necessário o crescimento econômico, de modo a facilitar a abertura de novos postos de trabalho e a distribuição da renda. Segundo Franco (2002, p. 41–42) “a capacidade de apropriação e multiplicação da renda é função dos níveis de capital humano e capital social existentes numa dada sociedade”.
            No entanto, ainda de acordo com Franco (2002, p. 62), do ponto de vista do desenvolvimento, “o principal elemento do capital humano, o que distingue e caracteriza o humano como ente construtor de futuro e, portanto, gerador de inovação, é a capacidade das pessoas de fazer coisas novas, exercitando sua imaginação”. Neste sentido, o autor afirma que não bastam, ou não são suficientes, os níveis de escolaridade. É necessário que haja mobilização, desenvoltura, habilidade para tornar real aquilo que se planeja  e para isso é imperativo, também, ter capacidade empreendedora.
            É imprescindível desenvolver nas pessoas a capacidade de sonhar e lutar por esses sonhos; criar ambientes favoráveis à inovação, para que seja possível gerar desenvolvimento. Contudo, é essencial que a formação de capital humano seja simultânea ao incentivo do desenvolvimento de capital social. O capital social é entendido como o ambiente propício à geração de desenvolvimento. A formação de redes horizontais de confiança, constituídas a partir de valores compartilhados e objetivos comuns, é o elemento basilar para o desenvolvimento do capital social.
            Promover autonomia e justiça social devem ser as diretrizes de implementação de políticas; só pode haver quebra no ciclo de reprodução de desigualdades se houver intervenções sistemáticas no comportamento dos agentes que interagem em termos de competição e colaboração, conforme se depreende de Franco (2002).
            Conhecer as características e particularidades da comunidade é de importância ímpar para uma proposta de mudança, além de que, distinguir potencialidades a partir das peculiaridades endógenas da sociedade é o primeiro passo para alavancar um processo de desenvolvimento. A partir disso, a manutenção dos recursos disponíveis e a própria preservação das características do lugar devem ser conquistas da população local, à medida que as pessoas forem incorporando o processo de mudança e se sentindo responsáveis pelo seu habitat. Sachs (1993, p. 39) afirma que é importante e urgente “enfatizar na capacidade da população local de agir de forma não-agressiva em relação ao meio ambiente, uma vez que tenham sido removidos os obstáculos que os impedem de ter uma visão a longo prazo a respeito da preservação de sua base de recursos”.
            As estratégias devem ser tomadas como os meios disponíveis para explorar as condições favoráveis de uma dada região, em vista dos objetivos almejados. Para isso é fundamental que existam parcerias, convênios, sejam estabelecidos acordos, de maneira que os atores sociais se envolvam em torno de um objetivo comum. Dentre as inúmeras estratégias que podem ser consideradas para promover o desenvolvimento, vamos pontuar algumas de maior relevância para Fernão Velho, tendo em vista as suas particularidades.
            É fundamental que se trabalhe a mudança respeitando a organização local e integrando de modo efetivo, o bairro na economia urbana de Maceió. Como vimos, é essencial a participação comunitária na gestão do processo, de modo a que o desenvolvimento aconteça com a sociedade civil e não de cima para baixo, dando ao estado poder absoluto escondido na justificativa de um planejamento.

Ações óbvias e urgentes

            Umas delas refere-se à implantação de infraestrutura proporcionando melhoria da qualidade de vida à comunidade. Além disso, a preservação dos recursos naturais do bairro – que se encontra inserido numa APA – depende fundamentalmente da infraestrutura urbana local. Investimento em saneamento básico, por meio de um sistema de coleta de esgoto sanitário, é indispensável para a sustentabilidade da própria lagoa Mundaú. A drenagem urbana impede a contaminação da água da chuva pelas águas servidas e vice-versa. O serviço de coleta de lixo pode ser otimizado através da coleta seletiva, contribuindo para a conservação do meio ambiente e gerando renda para o bairro.
            Melhorias no transporte coletivo público são essenciais. Aprimorar a acessibilidade e mobilidade urbana são fatores necessários para facilitar o acesso ao bairro e atrair visitantes. O transporte ferroviário é outro item que merece ser explorado, em razão do grande potencial que tem o lugar, com belas paisagens. A segurança oferecida ao bairro pelo sistema de policiamento é outro aspecto que merece destaque. Oferecer segurança ao morador e, principalmente, ao visitante-turista é um item necessário para que cada vez mais pessoas procurem o lugar.
            Com relação aos equipamentos urbanos, é imprescindível que haja incremento na oferta dos serviços de educação e saúde. Sabendo do baixo nível de escolaridade da população e das deficiências das instituições de ensino, só pelo investimento no setor será possível reverter esse quadro. A educação colabora para elevar a autoestima da população, gerar novas formas de trabalho e renda.
            Sabendo do grande potencial turístico da área, com suas belezas naturais e características da comunidade, este é um mercado promissor para o setor de serviços. E ainda tendo em vista o atual incentivo do governo do Estado para o setor de turismo na própria cidade de Maceió, o bairro pode se apresentar como mais um ponto de atração. O setor privado deveria ser o maior interessado, e seria necessário que se realizassem parcerias e /ou convênios, de maneira que houvesse investimentos efetivos no bairro.
            O bairro está inserido numa APA – APA do Catolé e Fernão Velho – e conta com áreas de mata em seu território. Na área são realizadas trilhas, entretanto, não existe nenhuma fiscalização ou controle. A exploração deste recurso natural, de forma sustentável e consciente, pode ser uma fonte de renda para a população, além de ser uma maneira para difundir a conscientização ambiental sobre a área, por meio de parcerias com as instituições de ensino.
            O bairro de Fernão Velho já possui uma cooperativa, a Cooperativa de Produção e Confecções de Fernão Velho (foto 4). No entanto, em entrevista com o seu presidente, este afirmou que se identifica na comunidade a falta de ânimo pela atividade. Sabendo das vantagens do trabalho cooperativo pela geração de trabalho e renda para a população, e em vista da tendência do bairro para esse setor, achamos importante o fortalecimento do cooperativismo local, por meio de palestras, seminários e /ou cursos para esclarecer a população sobre os benefícios da atividade.
            Promover a capacitação da população de Fernão Velho é de uma importância ímpar para que se abram novos caminhos para a comunidade. E conhecendo as potencialidades do bairro, tais como a presença da indústria têxtil, a Cooperativa de Produção e Confecções de tecidos e o atrativo turístico do lugar, essas devem ser as áreas prioritárias para a implantação de cursos de capacitação, que podem vir a ser cursos profissionalizantes.
            Podem ser desenvolvidos no bairro cursos de corte e costura, cursos para a prática cooperativa, cursos profissionalizantes de guia turístico, entre outros. Os cursos deveriam ter por objetivo capacitar e informar a população sobre a importância de preservar a cultura local, mostrando-lhes que é possível, a partir das características do próprio bairro, promover o desenvolvimento local.
            Para a realização dos cursos, que poderiam atender ao mercado com o foco para a demanda interna do bairro, seria necessário o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal de Maceió, os quais, em parceria com os Serviços Nacionais de Aprendizagem Comercial e Industrial – SENAC e SENAI –, ofereceriam a capacitação à população.







Referências
FRANCO, Augusto de. Pobreza & desenvolvimento local. Brasília: ARCA Sociedade do Conhecimento, 2002.
SACHS, Ignacy. Estratégias de transição para o século XXI. In: BURSZTYN, Marcel (Org.). Para pensar o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Brasiliense, 1993.
SOUZA, Marcelo Lopes de [1963]. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

[BANCO DE IMAGEM: MACEIÓ: DIVERSAS RUAS: 2004] Urbanismo: a cidade de Maceió em imagens

[BANCO DE IMAGEM: MACEIÓ: DIVERSAS RUAS: 2004]
Foto de Luiz Sávio de Almeida
Material para futura comparação


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Rua Oswaldo Sarmento
2
Rua Paraguassu
 3 a  9 Rua Pedro Américo









Fotos 10 a 21  Rua Pedro Monteiro













Foto 22 a 25 Rua Princesa Izabel







Foto 26  Rua Rosa da Fonseca





[BANCO DE IMAGEM: MACEIÓ: RUA OSÉAS ROSA: 2004] Urbanismo: a cidade de Maceió em imagens

[BANCO DE IMAGEM: MACEIÓ: RUA OSÉAS ROSA: 2004]
Fotografia: Luiz Sávio de Almeida
Material para futura comparação


Até a foto nº 10, direção à praia. Depois em direção à Lagoa Mundaú


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Indo em direção à lagoa Mundaú. Cruzamento com a estrada que vai ao Pontal da Barra.