sábado, 10 de dezembro de 2011

[BANCO DE IMAGENS: CIDADE: PIRANHAS: ALAGOAS] ALMEIDA, Luiz Sávio de. Uma viagem a Piranhas.

O texto sobre as fotografias está da forma como foi redigido em campo,  logo após ter sido tirada a foto ou depois, à noite, quando as imagens do dia eram repassadas.


Uma viagem a Piranhas
Luiz Sávio de Almeida

Uma pequena introdução

Eu conhecia Piranhas; passei por lá diversas vezes.  Sempre tive a vontade de demorar, passear e, como dizia a velha minha mãe: apreciar. Em outubro, houve a oportunidade; fomos, Myrian e eu acompanhando um casal amigo. Valeu a pena. Não me resta dúvida de que se trata de uma cidade bem cuidada e que  se cuida também, começando a crescer,  significativamente, a ideia de que o turismo é uma fonte econômica de primeira grandeza. 

 Aliás,  Piranhas atualmente já é o terceiro município alagoano em termo de destino e amplia a sua capacidade de receber. Eles vendem diversas mercadorias: uma delas, é a sua história  de alta ligação com o cangaço, de onde se tem a presença do Capitão Virgulino. Outra, a beleza do estreitamento do São Francisco e afloramento de suas rochas; finalmente, o próprio senso da população de que algo transformou a economia urbana. Falta, sem dúvida, bem mais sobre a  história do local, a sua função no povoamento sertanejo. 

As fotos que apresentamos são singelas e todas, praticamente,  tiradas do mesmo ponto alto,  visando um panorama ou vistas gerais. Eram para um arquivo de imagens de Alagoas – espécie de Banco de Imagens – que mantemos e que, pouco a pouco, iremos dando uso público ao colocar no nosso blog.

Então, fica com você o que vi de cima de um alto, numa manhã bem cedo de um dia de domingo. Para algumas das fotos,  foram feitas anotações em campo e elas estão reproduzidas da mesma forma como estão na caderneta da viagem. Muitas delas foram escritas na solidão da noite, repassando o trabalho do dia.

As fotos

Foto 1
Mestre de baixo, não se aventura a navegar aqui. Basta ver as pedras aflorando. Não é fácil. A beleza do rio é fantástica, como se fosse uma sanfona indo e vindo em termos de distância entre as margens. Foi tomada nas cercanias do local de filmagem de Borodogó. O dia estava chuvoso e o céu pesado. O verde deverá ser menos verde e a linha de horizonte difusa.



Foto 2
Foi deste ponto, que tirei quase todas as fotos. Isto é um farol e é claro que tinha a ver com a navegação no rio, na época em que Piranhas era um entreposto significativo.

     


Foto 3 
Uma outra visão do rio, ângulo mais aberto


Foto 4
A solidão do cemitério e a sua brancura no sertão


Foto 5
Achei bonito o contraste entre o caminho tosco e o branco da torre da Igreja.  Era como se a torre fosse uma espécie de cartaz dizendo: a cidade está aqui.


Foto 6
Ampliando o ângulo anterior, para mostrar o relevo


Foto 7
A imensa tira da escadaria branca, ajuda a ver as variações na altura dos pequenos montes que fazem Piranhas. Eu senti que a fé sobe montanhas. A igreja lá em cima, preferiu olhar para a foz do rio. Seria um umbigo deslocado ou estou complicando?



Foto 8
A confusão harmônica, causada pela conquista do espaço sobre o relevo.  O branco das escadarias parece seccionar e não integrar, mas isto não importa para quem anda em Piranhas pois ninguém sobe por minha fotografia e nem tende a ficar parado pensando besteira.



Foto 9
Uma foto de maior aproximação e eliminação da maioria das escadas. O conjunto das quatro casas centrais me fascina, especialmente quando vejo as cinco portas brancas, em contraste como buraco negro na segunda casa da esquerda para a direita.




Foto 10 
O futebol de salão, a espinha de peixe das escadas, as três casinhas bem na extrema direita, o estranho da casa em relevo,em frente ao campo, como se fosse a semelhança de si mesma e indicando que somente se olha a leste.


Foto 11
O outro lado de Piranhas é um nada e poderia ser? Fica tudo  numa exígua faixa de terra baixa.


Foto 12
O progresso. Sertão vai virar mar?



4 comentários:

  1. Oi Sávio,

    Que bom poder acompanhá-lo pelo blog, já me tornei seguidora.
    Na verdade vou ser ousada e te pedir uma coisa: queria muito ler seu texto "Lembrança de amor para tia Marcelina", do qual vi referência em alguns textos da Kulé Kulé. Teria como ter acesso a ele?

    Desde já, obrigada!

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  2. JINGLE BELL para você

    O texto está esgotado. Ele vai ser publicado aqui. Se desejar mais rápido, mande dizer e envio uma cópia pela Mônica. Sugiro que nesta mesma linha, leia duas matérias saídas em CONTEXTO na Tribuna Independente: uma sobre o quebra e que vai falar da Tia Marcelina e outra intitulada Macumba nas Alagoas. A primeira é o resumo de capítulo da dissertação de Mestrado do Daniel e a segunda fala da minha vida com os macumbeiros em priscas eras. As duas vão ser postadas aqui no Blog. Terei prazer em postar algumas fotografias suas.
    Obrigado mesmo por sua mensagem e JINGLE BELL novamente.
    Sávio

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  3. Sávio, adorei o blog! Tenho outras fotos de nossas viagens de pesquisa. Vou enviar para você.
    Agora tenho como seguir meu guru!!!

    Zana Vilela

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  4. tb gostei!! obrigada por me ensinar a cada dia a gostar mais de sua terra

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