quinta-feira, 18 de outubro de 2012

[Violência contra Gay] FERRO, Iracema. Militantes protestam contra homofobia. Carlos Eduardo, 19 anos, foi atingido por quatro tiros na madrugada de sábado num posto de combustíveis.

FERRO, Iracema.

 ATENTADO. Militantes protestam contra homofobia. Carlos Eduardo, 19 anos, foi atingido por quatro tiros na madrugada de sábado num posto de combustíveis.

 O JORNAL. Maceió, 16 out. 2012, p. 10


O atentado contra о homossexual Carlos Eduardo, 19 anos, gerou um protesto no centro da cidade na manhã do ontem. Representantes do Movimento LGBT fizeram um ato público e lançaram um movimento permanente intitulado "Basta de Homofobia".

Carlos Eduardo, também conhecido como a 'drag queen' Larissa Voguel foi atingido, na madrugada do último sábado, por quatro tiros disparados por um jovem não identificado que fugiu do local. A tentativa de assassi­nato aconteceu num posto de combustíveis no bairro da Ponta Grossa. O crime teria sido causado por homofobia.

A vítima foi levada para о Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou por cirurgia para retirada da bala na mão e liberado na manhã de ontem, mesmo com balas alojadas na perna e nas nádegas.

Segundo о presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), Dino Alves, о objetivo é abrir os olhos da sociedade sobre a diversidade sexual e pedir as autoridades que investiguem os casos e punam exemplarmente os acusados de casos de homofobia.

Entre as ações propostas pelo movimento está a divulgação do Disque 100, о telefone gratuito do governo federal para denunciar casos de violência; cobrar das autoridades a instalação do Grupo de Trabalho (GT) de Segurança Pública LGBT, que existe desde 2010, mas não foi formalizado nem começou a atuar porque não foi publicado no Diário Oficial; além de estimular os homossexuais a andar de mãos dadas com seus parceiros e fazer manifestações públicas de carinho (como beijos na boca e abraços) nas ruas, praias, comércio e shoppings centers.

Dino lembra que no caso específico do atentado contra Carlos Eduardo о jovem não estava se prostituindo, brigando ou se expondo a vulnerabilidade. "Ele foi comprar refrigerante acompanhado do namorado. A família sabe que ele e gay e о apoia, о namorado é aceito por todos. Ele não se expôs, mas foi vítima de 10 disparos só porque é gay".

ACOMPANHAMENTO

O caso já está sendo acompanhado pelo Centro de Referência em Cidadania e Direitos Humanos, que é ligado a Secretaria Estadual de Direitos Humanos. Segundo a gerente de políticas públicas do Centro, Mônica Carvalho, os heterossexuais também têm sido vítimas da violência.

Até a manhã de ontem о caso ainda não havia sido notificado pelas autoridades de Segurança Pública.

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