terça-feira, 23 de outubro de 2012

{Pedofilia] AZEVEDO, Elisa. OITIVAS. Promotor de Justiça é acusado de abusar de filhas e enteada. Audiência sobre caso de pedofilia é adiada. Testemunhas vão depor na próxima quinta-feira, no Barro Duro.

AZEVEDO, Elisa.
OITIVAS. Promotor de Justiça é acusado de abusar de filhas e enteada. Audiência sobre caso de pedofilia é adiada. Testemunhas vão depor na próxima quinta-feira, no Barro Duro. GAZETA DE ALAGOAS. Maceió, 19 out. 2012, p. 15

Uma falha do cartório na expedição dos mandados de intimação de algumas testemunhas, inclusi­ve de um representante do Ministério Público para acompanhar о caso do promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, acusado pela ex-mulher, Elisabeth Rodrigues, de abusar sexualmente de duas filhas e de uma enteada, levou о juiz da 4ª Vara Criminal, Helder Loureiro, a adiar para a próxima quinta-feira a retomada das oitivas. A audiência iria ocorrer na manhã de ontem, no fó­rum do Barro Duro.
O adiamento pegou de surpresa a família da ex-mulher de Carlos Fernan­do, que é uma das teste­munhas de acusação. "Ele tem que pagar pelo que fez. A covardia é tanta que ele nunca apareceu em nenhuma audiência", afirmou Elisabeth Rodrigues. "É um dano irreversível. Elas [as filhas] hoje fazem tratamento psicológico e tentam, com todo о esforço do mundo, ter uma vida normal", desabafa.
Apenas uma porta de vidro separava as testemu­nhas. Do lado esquerdo, Elisabeth acompanhava mais três testemunhas de acusação. Do lado oposto, as testemunhas de defesa mantiveram-se em silêncio, entre elas um frei, que mora em Anadia e não quis se identificar, além de um casal de filhos do promotor de Justiça, frutos de casamentos anteriores.
"Se eu não acreditasse na inocência dele, não estaria aqui. Ele sempre foi nosso amigo", disse о religioso.

TRÂMITE
O processo vem se arrastando há seis anos. Des­de que a denúncia foi feita por Elisabeth Rodrigues, Carlos Fernando está afastado do cargo que exercia, no município de Anadia, como promotor na defesa da criança e do adolescente.
Devido ao foro privilegiado, о caso foi enviado diretamente para о Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). A Justiça estadual entendeu, de imediato, que ele não tinha foro, visto que tinha sido afastado da função que exercia no Ministério Público. O pro­cesso então voltou para о 1° grau. Um pedido de ha­beas corpus foi impetrado pelo advogado de defesa do réu, no Supremo Tribu­nal de Justiça (STJ), alegando que, mesmo afasta­do das funções, Carlos Fer­nando continuava sendo promotor.
Meses depois, com о reconhecimento do foro por parte do STJ, о processo voltou para a responsabilidade do TJ/AL.O relator do processo, о desembargador Orlando Manso, designou о juiz da 4ª Vara, Hélder Loureiro, para realizar as oitivas. O caso se arrasta desde 2006.

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